Os fungos são organismos que apresentam papel fundamental na natureza, principalmente por participarem da decomposição da matéria orgânica. Apesar disso, há uma grande diversidade de comportamento entre as espécies dos fungos. Neste artigo, será apresentado o fungo do gênero ophiocordyceps, que são especialistas em parasitar insetos e chegam a 160 espécies conhecidas que apresentam esse comportamento.
A Relação de parasitagem é conhecida por aqueles que se interessam pelo campo da biologia. Porém, a parasitagem que esses fungos praticam é de se espantar. Isso porque o fungo passa a controlar as funções motoras do inseto hospedeiro, fazendo com que ele vire um verdadeiro zumbi
Na floresta amazônica, por exemplo, foram descobertas três novas espécies desse fungo, que infectam as formigas, o Ophiocordyceps camponoti-atricips, O. camponoti-bispinosi O camponoti-indiani.
A contaminação da formiga pelo fungo pode ocorrer de forma aleatória com o esporo do fungo levado pelo vento e aderindo ao seu corpo. Esse esporo começa a germinar, formando estruturas de penetração. Após isso, começam a aparecer filamentos dos fungos e por fim, a controle do fungo sobre o controle motor da formiga. Ela é então induzida, como um zumbi, a subir numa planta e cravar suas mandíbulas nela. Lá, o fungo vai consumindo a formiga com nutrientes e encerrando seu ciclo para liberar mais esporos no ambiente.
Dentro do reino fungi, existem outros gêneros que apresentam o mesmo tipo de comportamento, de controlar as funções motoras de seu hospedeiro. Um exemplo é a espécie, Entomophthora muscae, um fungo patogênico que sobrevive infectando moscas comuns com seus esporos. Ele as consome lentamente de dentro para fora. Assim como no caso das formigas, após cerca de seis dias, o fungo passa a controlar algumas funções motoras de seu hospedeiro, e com isso, ele faz com que a mosca suba ao ponto mais alto a sua volta, seja uma parede ou na vegetação. Lá, a mosca morre.
Além disso, Entomophthora muscae pode ser usado como controle biológico para reduzir a população de moscas e outros insetos voladores. Isso é feito liberando insetos infectados com o fungo em áreas onde as moscas são um problema, permitindo que o fungo se espalhe naturalmente entre a população de insetos.
A diferença entre as duas espécies, é que, na sequência da morte da mosca, ele faz com que ela, mesmo morta, libere altos níveis químicos de sesquiterpenos, um feromônio que atrai as moscas machos para acasalamento. Sem perceber, o macho acasala com a mosca ‘zumbi’ e se contamina com o fungo também. Dessa forma, o Entomophthora muscae vai se perpetuando.
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